A poluição do ar em ambientes externos e seus malefícios já é uma velha conhecida, mas não costumamos associá-la a nossas casas. No entanto pesquisas indicam que a qualidade do ar em ambientes fechados pode ser pior que em ambientes externos devido à concentração de gases. E a exposição por períodos prolongados a estes ambientes compromete a saúde em forma de doenças respiratórias, mal estar e desconfortos, afetando principalmente jovens, idosos e pessoas com problemas crônicos como alergias.
A liberação de gases e partículas no ar associado à ventilação inadequada são a principal causa da poluição interna. Altas temperaturas e umidade também contribuem para o aumento da concentração de alguns poluentes.
É claro que estamos expostos a uma série considerável de riscos. Principalmente nas grandes cidades. Mas nem por isso precisamos viver dentro de uma bolha completamente asséptica. Existem riscos absolutamente inevitáveis. Outros a que nos expomos conscientes para não restringirmos nossa forma de viver. E há ainda os que, se tivermos escolha, podemos evitar ou não.
Fazer escolhas acertadas envolve informação e tomada de consciência. O que, nesta matéria específica, significa conhecer melhor sobre as fontes de poluição em ambientes internos. E, a partir disso, aprender como solucionar o problema ou como minimizá-lo dentro de nossas casas
As causas mais comuns de poluição interna são:
- Fumaça de cigarro
- Contaminantes biológicos: bactérias, mofo, baratas, vírus, ácaros, resíduos de pelo de animal e pólen.
- Combustão: aquecedores a gás sem ventilação, lareiras, fogões a lenha e gás.
- Produtos domésticos: tintas, vernizes e produtos de limpeza.
- Pesticidas: inseticidas e desinfetantes
Se você fez aquela cara de “xiii” é porque pelo menos uma destas fontes está presente em sua casa. É normal. Afinal a busca pelo conforto sempre foi prioridade e isso não incluía consciência para os possíveis efeitos colaterais. Mas não é preciso se desesperar. Tudo tem solução. Pois ao criar o problema a tecnologia, ainda bem, também fornece alternativas para resolvê-lo. Embora isso esteja estritamente ligado a demanda. Por isso é importante mudar de atitude.
Confira algumas das ações que você pode começar a tomar.
- Ter um bom sistema de ventilação é tudo. Pense nisso na hora de criar o projeto de construção do imóvel ou simplesmente deixe o ar circular. Abra as janelas e portas. Renove o ar.
- Desencoraje o cigarro dentro de casa.
- Mantenha limpos e secos carpetes e tapetes.
- Verifique a chama do fogão e aquecedores. Se estiver amarelada faça uma manutenção urgente e siga a orientação de uso do fabricante.
- Cheque periodicamente chaminés e dutos a fim de detectar vazamentos e entupimentos.
- Evite spray em aerossol.
- Ponha as roupas para secar ao ar livre.
- Instale exaustores na cozinha e banheiros.
- Compre quantidades limitadas de produtos de limpeza. Guarde-os em local ventilado. Siga a orientação de uso do fabricante e jogue fora embalagens vazias.
- Instale uma porta vedante de ar caso sua garagem seja colada a casa. O vapor dos motores contém monóxido de carbono e benzeno.
- Dê preferência a materiais naturais em vez dos sintéticos na hora de decorar.
- Mantenha a casa limpa.
- Limpe o filtro do ar condicionado.
- Se for reformar use tintas e seladoras a base de água e plantas.
Fique atento. Problemas de saúde relacionados a casa normalmente aparecem após mudança para uma nova residência, reformas, redecoração ou uso de certo tipo de produto. É claro que não dá para ficar neurótico, mas na medida do possível comece a implementar ações que possam melhorar a qualidade do ar dentro de sua casa. Mantenha sua saúde e ajude a manter, também, a saúde do planeta.
Para saber mais:
http://www.epa.gov/iaq/pubs/insidest.html#Intro1
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