Especialmente preparados para ficar com a família e os amigos, os ambientes com lareira tornam-se o ponto de encontro em dias frios
Dos quatro elementos, o fogo sempre foi considerado o mais misterioso, enigmático e fascinante. Ao mesmo tempo em que são perigosas e podem causar dor, as labaredas também trouxeram proteção contra o frio e animais. E mesmo para quem vive num país em que o inverno não é tradicionalmente rigoroso, é nos dias e nas noites de inverno que o fogo retoma seu lugar de destaque, em ambientes equipados com lareiras funcionais e decorativas, trazendo mais conforto e charme a um encontro com amigos e a família. Com diversidade de funcionamento, localização e acabamento, as lareiras são protagonistas silenciosas de um ambiente criado para oferecer o máximo de aconchego. Por isso, elas merecem atenção, cuidado especial e muito capricho por parte de profissionais. Dcasa escolheu e mostra nas próximas páginas dez salas de lareiras que são um convite a unir a agradável presença de quem se gosta ao calor que emana do fogo. Inspire-se!

1 EM PERFEITA HARMONIA
Entre fogo e água, a sala principal da casa no Alto da Boa vista, bairro paulistano, é toda voltada às sensações e à natureza. De um lado, está o espelho d’água revestido com pastilhas azuis que começa na frente da casa, passa por dentro da sala redonda e desemboca na varanda. no lado oposto, o fogo contrasta e harmoniza-se com a natureza. Arredondada, a lareira a lenha segue a linha da sala com diâmetro de 7m² que se integra ao jardim pelas portas laterais de vidro curvo como planejou a arquiteta Jamile Helou. na busca por uma ambientação natural e eminentemente brasileira, optou-se por revestir o piso com madeira sucupira em composição com vidro (sobre o espelho d’água) e pastilhas brancas de mosaico que tomam toda a ala social. A claridade do espaço e o revestimento de granito bruto dão o tom harmonioso, reforçado pelo rasgo entre as pedras, no topo da lareira, por onde entram raios de sol em determinados períodos do dia. A lareira ampla é ideal para o tamanho da família, um casal com três filhos, gerando o calor que todos precisam para ficar confortáveis nas horas de descanso e relaxamento.
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2 MUITO ACONCHEGO
Para a casa com 6m de pé-direito, o pedido dos moradores feito para a arquiteta Claudia Sovierzoski foi criar uma sala de lareira mais informal que pudesse aquecer as conversas com os amigos, na geralmente fria, cidade de Curitiba. Para imprimir personalidade à grande parede que ficaria livre, a profissional optou por um revestimento de mármore travertino Romano, valorizado pela iluminação indireta que vem do teto compondo uma textura interessante e ao mesmo tempo criando volume. A sala de estar de 34m² ganhou formas geométricas simétricas com os sofás e o pufe central de cour,por cima do tapete marrom com desenhos fluidos vermelhos. As mesas laterais Sarinen completam a ambientação agradável com impacto. A tradicional lareira ainda recebeu nichos laterais que, além de dar uma composição mais arrojada ao desenho, servem para abrigar o estoque de lenha.
Fibra, couro e pedra em harmonia natural
3 AMPLO E ILUMINADO
A lareira a lenha revestida de pedra São tomé filetada antes tinha acabamento de granito. na reforma da casa, ganhou nova estrutura e ornamentação. A pedra mal conservada e escura deu à arquiteta Cláudia Pina a idéia de não apenas substituí-la por um revestimento mais leve, mas também de demolir a laje para criar um pé-direito duplo no living, valorizando o ambiente de 40m² e produzindo a sensação de amplitude desejada. A palmeira e os lustres, em diferentes níveis pendentes do teto, ajudam a reforçar esta atmosfera. A escolha das poltronas vermelhas e do sofá de couro traduzem a sofisticação e o conforto buscado pela família, que é completo com o aconchegante tapete, mesclando as duas tonalidades. Para deixar o ambiente ainda mais iluminado, a opção foi por cortinas claras na janela inferior, ganhando luminosidade sem perder privacidade e nenhuma cortina para o fechamento superior com vidro.
4 ACONCHEGO NATURAL
Para criar um ambiente quente e aconchegante para reunir toda a família e os amigos, a arquiteta Adriana Mendonça decidiu retirar o mármore preto que revestia a lareira desta casa e deixava o ambiente muito frio. Em seu lugar, foi colocado um revestimento de madeira peroba de demolição (Aroeira), criando o clima desejado pelo casal de fazendeiros do interior de São Paulo e seus dois filhos. Apreciadores de uma vida natural pediram que todos os materiais utilizados seguissem esta tendência. Ponto importante da composição, os bancos laterais, também de madeira de demolição, oferecem mais aconchego ao ambiente de 25m² que integra estar, lareira e jantar. As cortinas de linho natural mantêm os tons suaves de bege de toda a sala. Para o conforto de uma noite de queijos e vinhos, as poltronas giratórias de fibra natural e o sofá de linho liso, o sofá estampado, reformado do antigo apartamento e a mesa de centro completam a composição. O tapete de lã é importante para aquecer o piso de mármore.
5 CONTRASTE VALORIZADO
Em meio ao verde dos 6.000 m² de reserva florestal o azul da piscina e do olho d’água que contorna a casa branca, a lareira de mármore negro absoluto, projetado pelo arquiteto Raul di Piace para dividir o living de 160 m2 em dois ambientes, exibe elegância e leveza na combinação das cores. Feita de alvenaria, a moldura da lareira a lenha é a única área de cor preta em toda a estrutura da casa. No mobiliário escolhido para compor o ambiente, a decoração contemporânea também conta com a variedade de cores, formas e texturas. A lareira quente envolve a poltrona de couro que fica lado a lado com a de fibra natural e o estofado branco, iluminados pelo abajur de metal. Para Raul, o branco das paredes é um aliado para destacar os tons naturais que estão em volta da sala ampla, onde a família pode se reunir e apreciar a vista mesmo nos dias mais frios, graças às portas de vidros deslizantes instaladas de ambos os lados.

6 Clima de Fazenda
A varanda de 40m² da fazenda de café do fim do século XIX, no interior do Rio de Janeiro é a área predileta da família. Ponto de encontro de todos, era inutilizada no inverno, pois ficava muito fria. Assim, para tornar o ambiente útil durante todo o ano, a arquiteta Fernanda Pessoa de Queiroz planejou a instalação de uma lareira a lenha. Sseguindo a linha colonial da fazenda, o azul característico foi escolhido para revestir as janelas. Os móveis de vime e os tecidos florais criaram o clima rústico, porém extremamente confortável. Já a opção de usar o granito na lareira veio do piso que já era da mesma pedra. Para a profissional, por não ser gelado, o granito unido à madeira, ajuda a aquecer visualmente o local. Os nichos laterais acomodam toda a lenha e ainda servem de aparador para os vasos que completam a decoração. O toque pessoal são os quadros feitos de fotografias de gravuras de Debret, tiradas pela dona da fazenda, que é fotógrafa.
7 DESIGN INOVADOR
O projeto assinado pela arquiteta e decoradora Elaine Carvalho e executado em parceria com o engenheiro Márcio Tenreiro para a casa de um jovem casal e seu filho inovou no uso da tradicional lareira a lenha. Ela fica separada do duto de saída, em balanço no meio da área social, com base revestida de granito preto. A idéia foi imprimir estilo e elegância, tornando a fonte de aquecimento também uma sutil divisão para o ambiente que integra duas salas de estar, o hall e a sala de jantar. A leveza dos poucos móveis e a arquitetura de linhas contemporâneas destacam peças de designers brasileiros, como os macacos de madeira e o adorno de madeira natural e a poltrona com estrutura de madeira, pés palito e braços curvilíneos estofada com tecido estampado
8 CONTRASTES Sobre a parede original do apartamento, a colocação de uma camada de 15cm de drywall (placas de gesso acartonado) possibilitou a criação de nichos para colocar a lenha e dar profundidade à lareira da residência de um jovem casal paulistano. na intenção de sempre receber os amigos, o ambiente ganhou dupla funcionalidade no projeto das designers Maria Fernanda Correia Sscabia e Fernanda Zveibil Coifman. O home theater também é uma aconchegante sala de lareira para relaxar e aproveitar os momentos de descanso nos dias frios. O revestimento de estuque veneziano, que simula mármore, combinado a cor cinza, contrastando a sensação fria da parede com o piso de madeira e o sofá de camurça marrom quentes. Já as cores escuras do ambiente ganharam claridade com o móvel de madeira com acabamento laqueado e as persianas romanas, ambos brancos, criando mais um agradável contraste na acolhedora decoração.
9 SURPRESA AGRADÁVEL Descoberto após uma reforma, o pilar que seria derrubado junto com a parede de um dos quartos para a ampliação da área de convívio do apartamento foi a base para esta lareira a gás (a lenha é apenas um charme para a decoração) e o elemento principal do projeto assinado pelo arquiteto Mauricio Karam. Concebido para ser um ambiente moderno e clean, a sala do jovem advogado que mora sozinho recebeu um toque clássico com o piso Limestone finalizado com rodapés altos e as molduras trabalhadas nas portas. Com a integração das salas de estar, jantar e a cozinha surgiu um ambiente de 70m², sugerindo amplitude para receber os amigos e desfrutar de todo o espaço. O clima de aconchego foi um ganho proporcionado pela lareira que trouxe charme com a caixa de gesso, revestida com madeira pau-ferro dando contornos de uma lareira a lenha.
9 S
URP10 DISCRIÇÃO 360° RESA AGRADÁ9 SURPRESA AGRADÁVEL A lareira a gás da Fireorb é capaz de aquecer todo o living de 77m² sem interferir na linguagem proposta pelo arquiteto Artur Casas para sua própria residência em Iporanga, Guarujá. Como o espaço de pé-direito duplo pode se integrar à varanda quando as portas de vidro estão abertas, era necessária uma lareira que gire 360º, o que permite aquecer tanto o living quanto a varanda, sem perder a possibilidade de manter o ambiente fechado. De metal preto fosco, flutuante e fixada no teto, o modelo inovador se encaixou perfeitamente na ambientação e não interfere no restante da decoração do ambiente. Artur explica que não existe uma separação clara entre a parte de dentro e de fora da casa, já que o piso de madeira e os móveis rústicos harmonizam-se com a área verde que se avista na área externa, criando uma sensação de unicidade e integração completa.
Fonte:Dcasa










 
 






 "Me engana que eu gosto"
Uma radiografia da mentira. Pois em tempos de Polígrafo, dizer a verdade é mais que um jogo ou um teste. É uma questão de caráter.
Bem vindo ao jogo – ou aos fatos. Nesse exato momento em que lê a presente matéria, você pode estar diante das câmeras e o mundo todo te vê. Cada gesto seu pode estar sendo rigorosamente observado, analisado: o movimento de seus olhos e suas mãos, a expressão corporal, sua face, seu sorriso (ou a falta dele), seus lábios... Tudo, tudo... Até mesmo seus batimentos cardíacos e níveis de ansiedade e estresse. Traduzindo: você pode estar diante da “Máquina da Verdade” – ou, melhor explicando, do "Detector de Mentiras". Ou ainda, para ser mais exato nas terminologias, você pode estar diante do Polígrafo.
Ante agora a essa verdade, a pergunta que não quer calar (procure ser rápido e sincero): você é um (a) mentiroso(a)? Antes que se ofenda e proteste, seja mais rápido e sincero: já mentiu alguma vez na vida, uma vezinha só? Se respondeu que “não” à primeira pergunta, é compreensível. O que pode significar que a “Máquina” detectou que... - tchan tchan, tchan, tchanaaannn – você pode estar dizendo a verdade. Mas se também disse “não” à segunda, acabou de mentir pela primeira vez em sua vida. E imagine o que a “Máquina” detectou? Se for bem sincero consigo mesmo, descobrirá que essa, com certeza, não foi sua primeira mentira. É como Jesus certa vez afirmou a um bando de acusadores: “Quem não tem pecados, que atire a primeira pedra”.
Uma radiografia da mentira
A mentira é algo tão comum e normal em nossos dias, e também presente em lugares tão diversos – do botequim a uma igreja – que é quase impossível combatê-la. Há pessoas tão habilitadas e teatrais na arte de mentir que, mesmo perante tribunais (em casos de investigação ou de CPI) ou diante das câmeras (em períodos eleitorais, por exemplo), são capazes de se mostrarem firmes e tranqüilos, sem jamais desconfiarmos delas. E há quem acredite que a vida sem a mentira é inconcebível. Numa reportagem publicada pela revista Veja (Edição nº 1771) intitulada “Por que todos mentem”, a psicóloga Mary Ann Mason afirmou: “Se nunca pudéssemos mentir... a convivência humana seria impossível em casa, no trabalho, em sociedade”. A reportagem de Veja informa (acredite, se quiser) que a mentira é um dos traços da humanização, e que o homem é incapaz de mentir até os 3 meses de idade. Diz ainda que os primeiros truques para chantagear mamãe e papai afloram a partir dessa idade. O psicólogo americano Gerald Jellison, da Universidade do Sul da Califórnia informou na matéria que, segundo seus cálculos, no decorrer de um dia normal qualquer – exceto em períodos políticos – um indivíduo escuta, vê ou lê duas centenas de mentiras. O que significa uma inverdade a cada cinco minutos. Segundo ele, a maioria dessas mentiras são inofensivas(será?) e que – acredite também, se quiser –  “ajudam a harmonizar as relações interpessoais no cotidiano”. São mentiras do tipo: “Seu cabelo está ótimo, meu bem” ou “O trânsito estava um caos; por isso me atrasei. Desculpe.”
De “pernas” longas e “nariz” pequeno
Quem nunca ouviu falar do personagem Pinóquio, um menino-boneco que tinha o hábito de mentir e que, a cada vez que o fazia, seu nariz crescia? Seu pai, Gepeto, sempre lhe dizia que a mentira tem pernas curtas (além, claro, de fazer o nariz crescer). Contudo, se analisarmos o que tem acontecido na humanidade, desde que a “grande mentira” surgira na Terra – quando Satanás, incorporado numa serpente, enganara e seduzira Eva – veremos que a mentira, ao contrário do que dizia Gepeto, tem pernas longas e nariz pequeno, já que tem ido cada vez mais longe e poucos a detectam com facilidade. Vejamos os tipos mais comuns de mentirosos e como agem. Será que somos parecidos com algum deles? Não responda.
- O mentiroso assumido: “Minto, não nego, e só paro quando quiser”. É aquele que, se pudesse, diria num tribunal: “Juro dizer a mentira, somente a mentira, e nada mais que a mentira”. Ele vive e até respira sob a mentira. E não tem nenhuma intenção de mudar.
- O mentiroso mentiroso: Nunca assume que o é. Quando confrontado, sempre tem suas respostas na ponta da língua. Ai daquele que lhe diz o contrário.
- O mentiroso enrolado: Sempre inventa uma desculpa ou uma história mirabolante para contar, a fim de justificar seus atos.
- O mentiroso sincero: Isso mesmo que acabou de ler. Diferente do mentiroso assumido, ele nunca nega o que é. Mas também nunca muda.
Poderíamos traçar aqui uma série de perfis de mentirosos - como o mentiroso chorão(que mente chorando, só para convencer os outros, a fim de receber o que quer), o mentiroso “santo”(que mente tão bem que ninguém jamais desconfia dele, pois tem cara e expressão de piedade. Ele sempre diz: “Fiz isso na melhor da intenções”) e até mesmo o mentiroso espiritual, que sempre mente e justifica seus atos a partir de chavões e frases desconexas extraídas da Bíblia - mas não é o caso. O que interessa saber é de que tipo somos e o que podemos fazer pra deixar de o sermos.
Essas são apenas algumas das inúmeras expressões e manifestações que os mentirosos costumam esboçar quando estão mentindo(será que nos estamos em algum desses perfis?) Em cada uma dessas atitudes, a intenção clara é a de convencer, só para dar o golpe. Embora não seja um dos 7 pecados capitais, a mentira é tão letal quanto esses(e todos os outros) pecados. Da próxima vez, é bom pensar duas(ou mil) vezes antes de mentir. Antes que não só o nariz cresça, como também a desconfiança.
Por que os mentirosos mentem?
Mas, afinal, por que agimos dessa maneira? Que "forças" ou circunstâncias nos levam a faltar com a verdade e a sinceridade até mesmo para com aqueles que mais amamos? Aqui vão algumas das principais razões:
- Medo: Esse talvez seja o maior motivo. Medo de perder o emprego, a família, a estima, os amigos, o amor... Enfim, tememos a perda.
- Insegurança: Por não sabermos como agir em determinada situação, especialmente quando confrontados.
- Fuga: Muitos recorrem constantemente a mentira, a fim de fugir de algo, quer de si mesmos, dos outros ou de alguma situação. 
- Benefício: Acostumadas a sempre ter vantagem em tudo, seja de quem for, essas pessoas têm a mentira e o engano como uma arma e uma aliada.
- Vício: São tão habituadas à mentira e ao engano, que não conseguem mais fazer outra coisa. A verdade, para elas, é uma tormenta, por menor que seja ela.
- Maldade: Movidos mais que por medo, insegurança, vício ou em benefício próprio, essas pessoas mentem só pelo prazer de mentir, por pura maldade. Virtudes como altruísmo e amor ao próprio jamais são vistas.
Essas são talvez apenas algumas das inúmeras razões porque muitos recorrem ao expediente da mentira. Assim como é difícil para aqueles que se vêem presos à mentira desvencilhar dela, é também difícil (mas não impossívvel, claro) fazer o caminho inverso e retornar ao ponto de origem, onde tudo começou, quando a mentira era só um acidente.
“Nada mais que a verdade, somente a verdade”
Quem já não viu algum daqueles filmes, onde o policial prende o bandido e diz: “Você tem o direito de permanecer calado, e tudo o que disser poderá ser usado contra você no tribunal?” Isso demonstra que nossas palavras têm peso. É como Jesus diz: “Porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado.”
Como, então, retornarmos ao que éramos, antes de começarmos a mentirmos para nós mesmos, para os outros e até para Deus? Para que o indivíduo possa se ver livre de uma vez por todas do vício do engano e da mentira, é preciso que ele reconheça, primeiro, que precisa de ajuda, e depois, que dê o primeiro passo. Embora cada caso seja um caso, e que ninguém é igual a ninguém – o que significa que tudo deve ser avaliado – algumas dicas podem ajudar.
- Primeiro: a confiança, o respeito e a sinceridade são virtudes e qualidades que só podem ser conquistadas, mas jamais impostas. E leva tempo. Assim, quanto mais cedo o mentiroso se empenhar por deixar a mentira, melhor.
- Segundo: uma vez conquistados a confiança, o respeito e a sinceridade, todo cuidado é pouco. Cada compromisso assumido deve ser cumprido.
- Terceiro: deve-se tomar cuidado com as palavras. Assim como acontece com o peixe, acontece com o mentiroso: ambos morrem pela boca.
- Por último: pequenos gestos fazem uma grande diferença. Não é da noite para dia que o mentiroso deixará de mentir. Ele deve falar a verdade e ser sincero nas pequenas coisas do dia a dia. Jamais deve esquecer que o hábito de uma pequena desculpa de hoje, pode se tornar o vício da mentira amanhã. É como Tiago certa vez afirmou: “..Seja o sim de vocês, sim, e o não, não, para que não caiam em condenação.”(Tg. 5:12- NVI).  Talvez a oração que Davi certa vez fez seja de utilidade pra os mentirosos: “Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca...” (Sl. 141:3 – NVI). É bom lembrar o que diz os americanos: “Tudo o que disser poderá ser usado contra você no tribunal”. Sua língua é sua arma. E às vezes o tiro sai pela culatra.
Um teste final
Agora esqueça o Polígrafo, os sensores e o fato de estar sendo observado, e seja sincero com os outros e consigo mesmo (pra não dizer, com Deus, claro) e mais calmo ainda: gostou do que leu? Não responda em voz alta. Seja qual for a resposta, se foi sincero consigo mesmo e comigo, já deu o primeiro passo. A mentira em sua vida agora está prestes a se tornar apenas coisa do passado. E o céu agora é mais que uma garantia. É uma certeza. Pois assim está escrito: “Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com integridade...”(Salmo 15:1a). Seria bom também recordar do sábio conselho do sábio Salomão: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”.(Prov. 18:21)   
::Por Marcelo Ferreira
Jornalista
marcelo.ferreira@lagoinha.com
Texto Original:
        "Me engana que eu gosto"
Uma radiografia da mentira. Pois em tempos de Polígrafo, dizer a verdade é mais que um jogo ou um teste. É uma questão de caráter.
Bem vindo ao jogo – ou aos fatos. Nesse exato momento em que lê a presente matéria, você pode estar diante das câmeras e o mundo todo te vê. Cada gesto seu pode estar sendo rigorosamente observado, analisado: o movimento de seus olhos e suas mãos, a expressão corporal, sua face, seu sorriso (ou a falta dele), seus lábios... Tudo, tudo... Até mesmo seus batimentos cardíacos e níveis de ansiedade e estresse. Traduzindo: você pode estar diante da “Máquina da Verdade” – ou, melhor explicando, do "Detector de Mentiras". Ou ainda, para ser mais exato nas terminologias, você pode estar diante do Polígrafo.
Ante agora a essa verdade, a pergunta que não quer calar (procure ser rápido e sincero): você é um (a) mentiroso(a)? Antes que se ofenda e proteste, seja mais rápido e sincero: já mentiu alguma vez na vida, uma vezinha só? Se respondeu que “não” à primeira pergunta, é compreensível. O que pode significar que a “Máquina” detectou que... - tchan tchan, tchan, tchanaaannn – você pode estar dizendo a verdade. Mas se também disse “não” à segunda, acabou de mentir pela primeira vez em sua vida. E imagine o que a “Máquina” detectou? Se for bem sincero consigo mesmo, descobrirá que essa, com certeza, não foi sua primeira mentira. É como Jesus certa vez afirmou a um bando de acusadores: “Quem não tem pecados, que atire a primeira pedra”.
Uma radiografia da mentira
A mentira é algo tão comum e normal em nossos dias, e também presente em lugares tão diversos – do botequim a uma igreja – que é quase impossível combatê-la. Há pessoas tão habilitadas e teatrais na arte de mentir que, mesmo perante tribunais (em casos de investigação ou de CPI) ou diante das câmeras (em períodos eleitorais, por exemplo), são capazes de se mostrarem firmes e tranqüilos, sem jamais desconfiarmos delas. E há quem acredite que a vida sem a mentira é inconcebível. Numa reportagem publicada pela revista Veja (Edição nº 1771) intitulada “Por que todos mentem”, a psicóloga Mary Ann Mason afirmou: “Se nunca pudéssemos mentir... a convivência humana seria impossível em casa, no trabalho, em sociedade”. A reportagem de Veja informa (acredite, se quiser) que a mentira é um dos traços da humanização, e que o homem é incapaz de mentir até os 3 meses de idade. Diz ainda que os primeiros truques para chantagear mamãe e papai afloram a partir dessa idade. O psicólogo americano Gerald Jellison, da Universidade do Sul da Califórnia informou na matéria que, segundo seus cálculos, no decorrer de um dia normal qualquer – exceto em períodos políticos – um indivíduo escuta, vê ou lê duas centenas de mentiras. O que significa uma inverdade a cada cinco minutos. Segundo ele, a maioria dessas mentiras são inofensivas(será?) e que – acredite também, se quiser –  “ajudam a harmonizar as relações interpessoais no cotidiano”. São mentiras do tipo: “Seu cabelo está ótimo, meu bem” ou “O trânsito estava um caos; por isso me atrasei. Desculpe.”
De “pernas” longas e “nariz” pequeno
Quem nunca ouviu falar do personagem Pinóquio, um menino-boneco que tinha o hábito de mentir e que, a cada vez que o fazia, seu nariz crescia? Seu pai, Gepeto, sempre lhe dizia que a mentira tem pernas curtas (além, claro, de fazer o nariz crescer). Contudo, se analisarmos o que tem acontecido na humanidade, desde que a “grande mentira” surgira na Terra – quando Satanás, incorporado numa serpente, enganara e seduzira Eva – veremos que a mentira, ao contrário do que dizia Gepeto, tem pernas longas e nariz pequeno, já que tem ido cada vez mais longe e poucos a detectam com facilidade. Vejamos os tipos mais comuns de mentirosos e como agem. Será que somos parecidos com algum deles? Não responda.
- O mentiroso assumido: “Minto, não nego, e só paro quando quiser”. É aquele que, se pudesse, diria num tribunal: “Juro dizer a mentira, somente a mentira, e nada mais que a mentira”. Ele vive e até respira sob a mentira. E não tem nenhuma intenção de mudar.
- O mentiroso mentiroso: Nunca assume que o é. Quando confrontado, sempre tem suas respostas na ponta da língua. Ai daquele que lhe diz o contrário.
- O mentiroso enrolado: Sempre inventa uma desculpa ou uma história mirabolante para contar, a fim de justificar seus atos.
- O mentiroso sincero: Isso mesmo que acabou de ler. Diferente do mentiroso assumido, ele nunca nega o que é. Mas também nunca muda.
Poderíamos traçar aqui uma série de perfis de mentirosos - como o mentiroso chorão(que mente chorando, só para convencer os outros, a fim de receber o que quer), o mentiroso “santo”(que mente tão bem que ninguém jamais desconfia dele, pois tem cara e expressão de piedade. Ele sempre diz: “Fiz isso na melhor da intenções”) e até mesmo o mentiroso espiritual, que sempre mente e justifica seus atos a partir de chavões e frases desconexas extraídas da Bíblia - mas não é o caso. O que interessa saber é de que tipo somos e o que podemos fazer pra deixar de o sermos.
Essas são apenas algumas das inúmeras expressões e manifestações que os mentirosos costumam esboçar quando estão mentindo(será que nos estamos em algum desses perfis?) Em cada uma dessas atitudes, a intenção clara é a de convencer, só para dar o golpe. Embora não seja um dos 7 pecados capitais, a mentira é tão letal quanto esses(e todos os outros) pecados. Da próxima vez, é bom pensar duas(ou mil) vezes antes de mentir. Antes que não só o nariz cresça, como também a desconfiança.
Por que os mentirosos mentem?
Mas, afinal, por que agimos dessa maneira? Que "forças" ou circunstâncias nos levam a faltar com a verdade e a sinceridade até mesmo para com aqueles que mais amamos? Aqui vão algumas das principais razões:
- Medo: Esse talvez seja o maior motivo. Medo de perder o emprego, a família, a estima, os amigos, o amor... Enfim, tememos a perda.
- Insegurança: Por não sabermos como agir em determinada situação, especialmente quando confrontados.
- Fuga: Muitos recorrem constantemente a mentira, a fim de fugir de algo, quer de si mesmos, dos outros ou de alguma situação. 
- Benefício: Acostumadas a sempre ter vantagem em tudo, seja de quem for, essas pessoas têm a mentira e o engano como uma arma e uma aliada.
- Vício: São tão habituadas à mentira e ao engano, que não conseguem mais fazer outra coisa. A verdade, para elas, é uma tormenta, por menor que seja ela.
- Maldade: Movidos mais que por medo, insegurança, vício ou em benefício próprio, essas pessoas mentem só pelo prazer de mentir, por pura maldade. Virtudes como altruísmo e amor ao próprio jamais são vistas.
Essas são talvez apenas algumas das inúmeras razões porque muitos recorrem ao expediente da mentira. Assim como é difícil para aqueles que se vêem presos à mentira desvencilhar dela, é também difícil (mas não impossívvel, claro) fazer o caminho inverso e retornar ao ponto de origem, onde tudo começou, quando a mentira era só um acidente.
“Nada mais que a verdade, somente a verdade”
Quem já não viu algum daqueles filmes, onde o policial prende o bandido e diz: “Você tem o direito de permanecer calado, e tudo o que disser poderá ser usado contra você no tribunal?” Isso demonstra que nossas palavras têm peso. É como Jesus diz: “Porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado.”
Como, então, retornarmos ao que éramos, antes de começarmos a mentirmos para nós mesmos, para os outros e até para Deus? Para que o indivíduo possa se ver livre de uma vez por todas do vício do engano e da mentira, é preciso que ele reconheça, primeiro, que precisa de ajuda, e depois, que dê o primeiro passo. Embora cada caso seja um caso, e que ninguém é igual a ninguém – o que significa que tudo deve ser avaliado – algumas dicas podem ajudar.
- Primeiro: a confiança, o respeito e a sinceridade são virtudes e qualidades que só podem ser conquistadas, mas jamais impostas. E leva tempo. Assim, quanto mais cedo o mentiroso se empenhar por deixar a mentira, melhor.
- Segundo: uma vez conquistados a confiança, o respeito e a sinceridade, todo cuidado é pouco. Cada compromisso assumido deve ser cumprido.
- Terceiro: deve-se tomar cuidado com as palavras. Assim como acontece com o peixe, acontece com o mentiroso: ambos morrem pela boca.
- Por último: pequenos gestos fazem uma grande diferença. Não é da noite para dia que o mentiroso deixará de mentir. Ele deve falar a verdade e ser sincero nas pequenas coisas do dia a dia. Jamais deve esquecer que o hábito de uma pequena desculpa de hoje, pode se tornar o vício da mentira amanhã. É como Tiago certa vez afirmou: “..Seja o sim de vocês, sim, e o não, não, para que não caiam em condenação.”(Tg. 5:12- NVI).  Talvez a oração que Davi certa vez fez seja de utilidade pra os mentirosos: “Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca...” (Sl. 141:3 – NVI). É bom lembrar o que diz os americanos: “Tudo o que disser poderá ser usado contra você no tribunal”. Sua língua é sua arma. E às vezes o tiro sai pela culatra.
Um teste final
Agora esqueça o Polígrafo, os sensores e o fato de estar sendo observado, e seja sincero com os outros e consigo mesmo (pra não dizer, com Deus, claro) e mais calmo ainda: gostou do que leu? Não responda em voz alta. Seja qual for a resposta, se foi sincero consigo mesmo e comigo, já deu o primeiro passo. A mentira em sua vida agora está prestes a se tornar apenas coisa do passado. E o céu agora é mais que uma garantia. É uma certeza. Pois assim está escrito: “Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com integridade...”(Salmo 15:1a). Seria bom também recordar do sábio conselho do sábio Salomão: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”.(Prov. 18:21)   
::Por Marcelo Ferreira
Jornalista
marcelo.ferreira@lagoinha.com
Texto Original:










