AP/Sky News
Hanna Jones tem leucemia desde pequena e os efeitos colaterais de seu tratamento comprometeram seu coração. A proposta médica foi a de fazer um transplante do órgão, única possibilidade de ela continuar a viver. Mesmo assim, Hannah recusou.
É que as chances de sucesso da cirurgia não são garantidas e complicações ainda maiores poderiam surgir. Hannah disse que está cansada de sofrer e que quer passar seu final de vida em casa, com a família. Quer viver – e morrer – com dignidade.
Hanna tem 13 anos e o apoio dos pais em sua decisão. A serenidade do semblante da mãe, registrada na foto, me deixou impressionada.
Pensei em tantas mães que conheço e que se desesperam quando o filho sofre ao enfrentar as pequenas adversidades próprias da vida na infância e na adolescência.
Frustrações, contrariedades, conflitos, dificuldades com deveres e responsabilidades escolares, com relacionamentos com colegas e amigos, com parentes; expectativas não atendidas, vontades que não se realizam, mudanças que causam angústia e receio. Tudo isso provoca sofrimento em crianças e jovens, é claro, mas a melhor maneira de os pais ajudarem talvez seja justamente não sofrer com eles.
Para dar o apoio necessário aos filhos nos momentos difíceis que eles enfrentam, é preciso muita tranqüilidade. Mesmo com o coração apertado, os pais precisam oferecer a segurança que o filho precisa para descobrir e usar os recursos que tem para travar suas batalhas.
É assim que crianças e jovens constroem uma imagem positiva de si: sabendo, primeiramente, que seus pais confiam em seu potencial; depois, percebendo que são capazes, sim, de viver sem excessiva proteção; finalmente, quando descobrem o sabor de suas conquistas e a capacidade que têm de superação dos fracassos.
Só com tranqüilidade os pais conseguem encorajar o filho a encarar frente a frente sua vida, seus problemas, seus sofrimentos. Para ajudar, vale a pena lembrar: crescer e amadurecer dói mesmo, fazer o quê?
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