[Por Eliane Sampaio] Vocês devem estar pensando: falar de arte novamente? Fiquem tranqüilos, desta vez é sob uma nova ótica, e não sobre um conceito (tenho plena consciência de que sou chegada num conceito). Não querendo ser redundante e já sendo – emprestei a frase do Jô -, adoro arte! Ela já me salvou muitas vezes. O que faria com uma grande parede branca na circulação de um living, não fosse essa tela do Cláudio Tozzi, com todo impacto que proporciona? E com esta parede, digamos, inexpressiva, ao lado da chapelaria e em frente à porta principal, sem a tela do Gregório Gruber, com toda a serenidade e o lirismo que buscava? E agora esta? Uma parede com pé-direito altíssimo, ao lado de dois painéis de madeira do Galvão. O que fazer para não concorrer com a linguagem destas obras? S.O.S no Ateliê Adriana e Carlota, que produziram os painéis compondo diferentes formatos e texturas em branco. Sinceramente, a foto não faz jus ao o que eles são: fantásticos. Acho ótimo que eu tenha me salvado com obras de tão bons artistas, mas nem sempre é necessário tudo isso. Vejam bem: se não temos um Tozzi, que tal uma gravura com conceito e cores impactantes? O mesmo vale para o Gruber, o Galvão e a Carlota. Não basta ter uma obra de arte se ela não é exposta de acordo. Não é possuir por possuir. Melhor belas gravuras bem colocadas do que obras de arte inexploradas. Tinha prometido não expor conceito lembram? É inevitável... Sabem, recebo catálogos de lojas de moda com fotos que são pura obra de arte – foto é obra de arte, claro. Mas chegando pelo correio? São produções esmeradas, com foco, luz e locações de enorme sofisticação. Não raro, sequer possuem modelos ou roupas. Guardo-os porque valem uma produção. Portanto, de hoje em diante, atenção ao carteiro: ele pode estar entregando uma obra de arte para você. Até mais!
Texto Original: Blog Lopes
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