quinta-feira, 12 de março de 2009

Começando Nossa Prosa!!!

Poderia começar por tantos assuntos, mas como ontem estive na 1ª reunião de pais do meu filho mais velho... vou então falar de Filhos Adolescentes, hum falar? Pois é as situações no dia a dia falam por si, as vezes da vontade de sair correndo, hoje então quando estou na TPM, nem me fale!Mas entendo que fomos chamados para tal e a educação depende de nós, temos a escola, no meu caso a igreja, os familiares, profissionais da saúde e afins como parceiros, e como não poderia deixar de dizer no comando: Deus, mas nossa parte fazemos nós ou parte de nós (os filhos) vão se perder. Que nós como educadores que somos não nos esqueçamos jamais da responsabilidade que nos foi outorgada por Deus. "Filhos herança do Senhor!

Beijos

Por hora deixo um texto para nossa reflexão:

Disciplina e Educação

De repente, no melhor sono, toca o despertador. É hora de levantar para ir à escola ou ao trabalho. Não é raro que, exatamente neste instante, se trave uma importante batalha. Por um lado, o sono, a preguiça, o desejo de continuar deitado devaneando e imaginando todo tipo de situação gostosa. Por outro, dever, obrigação, compromisso assumido.A vontade mostra uma direção; a razão, a direção oposta.
Não resta a menor dúvida: pessoas disciplinadas terão maiores chances de sucesso nas atividades às quais se dedicarem. Tenderão a ser criaturas aplicadas e determinadas, buscando com afinco alcançar seus objetivos. Se tiverem razóavel talento, vencerão no jogo competitivo da vida. Entre talento e disciplina é melhor ter os dois. Porem, a longo prazo, acho que a disciplina é mais importante.
Acredito que a principal tarefa da educação, especialmente durante os primeiros anos de vida, consista em desenvolver a razão e suas forças com intuito de sermos capazes de "domesticar" nossas vontades. Uma visão equivocada nos conduziu, nas ultimas décadas, a dar muita ênfase e privilegiar o livre exercício do desejo. O papel da razão freio limitador dos impulsos - foi encarado como algo representativo e negativo. Além disso, os pais, com medo de traumatizar os filhos e de perder o amor deles, têm furtado à tarefa, às vezes desagradável, de estabelecer limites e estimular crianças e adolescentes a usar com eficiência a razão para dirigir suas vidas.
Essa é a tarefa número um dos pais. Ao aprender a utilizar a razão em beneficio próprio, a criança, o adolescente e depois o adulto, experimentam enorme satisfação quando se sentem disciplinados. Sim, porque é neste momento que nos consideramos animais mais sofisticados, chamados como propriedade de racionais. A alegria íntima de quem se levanta cedo, faz exercícios e chega na hora certa aos compromissos assumidos é algo que não pode ser subestimado. A gente se sente forte quando consegue se controlar(coisa muito difícil). Sente que venceu a batalha árdua, que é a batalha interior. A auto-estima logicamente aumenta.
Para que nossos filhos e alunos venham experimentar essas sensações do contentamento e força, devemos lhes ensinar, desde cedo, a abrir mão de vontades, sempre que a razão achar conveniente e útil.

Flávio Gikovate - Médico Psiquiatra
Diretor do Instituto de Psiquiatria de São Paulo

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