domingo, 25 de setembro de 2011

Você está caminhado para esse problema?

CÉREBRO DE PIPOCA
por Gilberto Dimenstein*  04/07/11

Pipoca no celular?

 
"Quem faz muitas tarefas ao mesmo tempo, condicionando seu cérebro, fica menos funcional. Não sabe perceber as emoções e trabalhar em equipe, não sabe focar o que é relevante e tem dificuldade de estabelecer um projeto que exige um mínimo de linearidade"

O Google anunciou, na semana passada, um projeto para enfrentar o Facebook, disposto a reinventar a mídia social. A notícia teve óbvio impacto mundial e despertou a curiosidade sobre mais uma rodada de inovações tecnológicas, capazes de nos fazer ainda mais conectados.
 
No dia seguinte, porém, o Facebook reagiu e anunciou para esta semana uma novidade também de grande impacto, possivelmente em celulares. Para alguns psicólogos americanos, esse tipo de disputa produz um efeito colateral, um distúrbio já batizado de “cérebro de pipoca”.
 
Esse distúrbio é provocado pelo movimento caótico e constante de informações, exigindo que se executem simultaneamente várias tarefas. Por causa de alterações químicas cerebrais, a vítima passa a ter dificuldade de se concentrar em apenas um assunto e de lidar com coisas simples do cotidiano, como ler um livro, conversar com alguém sem interrupção ou dirigir sem falar ao celular. É como se as pessoas tivessem dentro da cabeça a agitação do milho explodindo no óleo quente.
 
A falta de foco gera entre os portadores do tal “cérebro de pipoca” um novo tipo de analfabetismo: o analfabetismo emocional, ou seja, a dificuldade de ler as emoções no rosto, na postura ou na voz dos indivíduos, o que torna complicado o relacionamento interpessoal.
 
Sou um tanto desconfiado de notícias alarmantes provocadas pelo surgimento de novas tecnologias. Toda ruptura desencadeia uma onda de nostalgia e de temores em relação ao futuro.
 
Mas algumas pesquisas em torno do “cérebro de pipoca” merecem atenção por afetar o processo de aprendizagem. Uma delas foi realizada em Stanford, a universidade que, por ajudar a criar o Vale do Silício, na Califórnia, impulsionou a tecnologia da informação.
 
Neste ano, Clifford Nass, professor de psicologia social na Universidade Stanford, apresentou, num seminário sobre tecnologia da informação, a pesquisa que fez com jovens que passam muitas horas por dia na internet, acostumados a tocar muitas tarefas ao mesmo tempo.
 
Ele mostrou fotos com diversas expressões e pediu que os jovens identificassem as emoções. Constatou a dificuldade dos entrevistados. “Relacionamento é algo que se aprende lendo as emoções dos outros”, afirma Nass.
 
O problema, segundo ele, está tanto na falta de contato cara a cara com as pessoas como na dificuldade de manter o foco e verificar o que é relevante, percebendo sutilezas, o que exige atenção.
 
Os pesquisadores estão detectando há tempos uma série de distorções, como a compulsão para se manter conectado, semelhante a um vício.
 
Trata-se de uma inquietude permanente, provocada pela sensação de que o outro, naquele momento, está fazendo algo mais interessante do que aquilo que se está fazendo. Tome o Facebook ou qualquer outra rede social.
 
Chegaram a desenvolver um programa que envia para o celular da pessoa um aviso sempre que um amigo dela está se aproximando de onde ela está.
 
O estímulo, porém, começa no mercado de trabalho. Vemos nos anúncios de emprego uma demanda por pessoas que façam muitas coisas ao mesmo tempo.
 
Mas o que Nass, o professor de Stanford, entre outros pesquisadores, defende é o contrário. Quem faz muitas tarefas ao mesmo tempo, condicionando seu cérebro, fica menos funcional. Não sabe perceber as emoções e trabalhar em equipe, não sabe focar o que é relevante e tem dificuldade de estabelecer um projeto que exige um mínimo de linearidade. Não sabe, em suma, diferenciar o valor das informações.
 
Não deixa de ser um pouco absurdo valorizar tanto os recursos tecnológicos que aproximam as pessoas virtualmente, mas que as afastam na vida real.
 
Daí se entende, em parte, segundo os pesquisadores, por que, em todo o mundo, está explodindo o consumo de remédios de tarja preta para tratar males como a ansiedade e a hiperatividade.
 
PS – Perto da minha casa, aqui em Cambridge, há uma padaria artesanal, com mesas comunitárias, que decidiu ir contra a corrente. Seus proprietários simplesmente proibiram que se usasse celular lá dentro para diminuir a poluição sonora e a agitação. Sucesso total. O efeito colateral: ficou difícil conseguir lugar.
 
 
* Gilberto Dimenstein é colunista e membro do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo, comentarista da rádio CBN, e fundador da Associação Cidade Escola Aprendiz.
** Publicado originalmente no Portal Aprendiz.
 
 
 
 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Casa de perna pro ar, tô vendo hoje aqui... Mas de cabeça para baixo???

Pois é existe e é de um Mineiro, vou querer ver isso de perto, a se não!!!
Foto: Álbum de família

As duas casas têm área total de 152 m² e um jardim de 300 m². Obra custou cerca de R$ 180 mil (Foto: Álbum de família) 

Foto: Álbum de família

Para entrar na casa, morador tem de usar a janela, caso o imóvel tivesse o telhado para cima (Foto: Álbum de família) 

 Foto: Álbum de família

Para dar mais realidade, advogado colocou cachorro, um vaso ornamental e uma bicicleta no teto (Foto: Álbum de família) 

Foto: Álbum de família

Casa foi inaugurada para abrigar festa de São Pedro. Próxima reunião será no Natal, diz o proprietário (Foto: Álbum de família) 

 

Cada qual com seu sonho, né? 

Leia a reportagem completa: Aqui

 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Festa Country

Dia frio, com muito vento... alguns contratempos, mas graças à Deus: PERFEITO!!!Foi assim que aconteceu a festinha para comemorarmos a vida dos nossos filhotes, João Pedro-10 e Tiago-9. Família e amiguinhos do Colégio mais chegados. Mais que isso seria maravilhoso, mas infelizmente não deu para convidarmos tooodos que queriámos, fazer a lista é um caso à parte pra mim, é sofrido. Mas pé no chão nessas horas é fundamental, afinal é muito gasto, e penso eu, melhor fazer algo para poucas pessoas e ficar satisfeito, do que fazer para muitos e fazer algo meia boca. Não abro mão de comida e bebida com fartura e qualidade, por isso tudo na ponta do lápis é fundamental. 
Aproveitando o assunto, agora acompanhando o universo de festas infantis mais de perto, tenho visto mães gastarem o que não têm para fazer festa para seus "filhos", tudo bem, apesar de tentarmos nos controlar, sempre gastamos um pouco à mais, acho que isso é regra em todos os casos, mas extrapolar demais o orçamento é loucura. Mas o pior não é isso, o que tenho visto que mais me deixa horrorizada, é a competição das mães(risos), estão aí as redes sociais que não me deixam mentir, tem até "bate boca" via recados coletivos, por conta de algo "copiado" e aí vai, a baixaria tá solta no mundo virtual das festeiras de plantão, coisa feia, viu? O mais interessante para não dizer triste, é que nessa confusão toda o que menos importa são os filhos, afinal a fulana ou a ciclana, fez assim e assado, preciso fazer melhor, maior, gastar mais... E assim vai. Onde será que essas mães querem chegar? Quais os valores pretendem passar para seus filhos, vendo o aperto financeiro pós festa dos pais, fazendo algo que os envolvem, mas que são feitos para satisfação pessoal delas mesmas? Criança minha gente, não é boba não, elas percebem tudo e mais alguma coisa!!! Fica aí a reflexão para as mães de plantão! Também amo festa, me envolvo com detalhes, busco, corro atrás, mas jamais faço algo muito além das minhas condições, muito menos quando é para mostrar para os outros que consigo fazer algo melhor do que fizeram. 

Se você tem condição financeira para fazer algo grande, faça, mas se for para mostrar sua grandeza, esqueça! O grande não precisa mostrar seu tamanho para ninguém, ele é!

Espero que tenham gostado,
Beijos,


Decoração: Décorer festas e Afins