Mesmo quando o espaço não parece adequado, pode ser possível usufruir dos benefícios de um jardim.
É possível fazer um jardim até mesmo nos menores espaços, e que a princípio parecem pequenos demais para um jardim. Os japoneses já convivem há muito tempo com um grande amor pelo jardim aliado a falta de espaço, o que faz com que demonstrem que não há limites para a inventividade, quando a vontade existe... Vamos então nos inspirar no belíssimo exemplo daqueles que compartilham conosco do gosto pela natureza e que vivem do outro lado do mundo.
Como as casas japonesas são pequenas, e não existe espaço para grandes jardins como os que ocorrem em áreas publicas, o japonês tem o costume de cuidar de seus jardins em vasos pequenos nos ambientes mais estreitos. Retratamos aqui esse tipo de jardim, pois conhecemos apenas os grandes e harmônicos jardins japoneses com fontes, carpas e lanternas, e muitas vezes esquecemos dos pequenos e não menos formosos, jardins caseiros.
No pequeno jardim da paisagista Odete Rangel, a jardineira feita em placas de fibra de coco deu ao local um aspecto mais naturalista.
Com poucas plantas, variando de forma volumétrica em alturas diferentes, a paisagista valoriza o local e cria um pequeno jardim, que recebe ainda, forrações em cascas de pinus e pedriscos.
Mesmo onde a manutenção tenha que ser simplificada ao máximo, é sempre possível criar um pequeno jardim, mesmo sem o gramado e com poucas plantas. Nesse jardim, a forração é feita em seixos, criando um bonito jogo de texturas e um interessante pano de fundo para as Agaves e Palmeira- rápis; é um jardim seco e urbano, bonito e de fácil manutenção.
O número de plantas em um jardim de pequenas dimensões, deve ser reduzido, para que não haja poluição visual pelo excesso, onde várias espécies disputariam um pequeno espaço e poderiam fazer com que o jardim parecesse ainda menor.
Planeje os tipos de plantas que deseja ter, controlando para que não fique um leque muito variado, e defina que tipo de forração será. É comum que os pequenos jardins não sejam inundados com grande quantidade de sol, porque normalmente ficam em algum espaço entre o muro e a construção, ou muito próximo a algum outro elemento construtivo que lhe provoca sombra. Nesse caso, haverá limitação para o uso de gramas, que normalmente preferem locais ensolarados, mas você poderá optar por forrações secas, como casca de árvores, pedriscos, seixos ou mármores rolados, etc.
Nesse corredor, a presença do muro foi atenuada com o pequeno jardim à sua frente, que também proporcionou um ambiente melhor junto ao estar ali instalado.
A escolha de plantas que irão exigir poucos tratos culturais costuma ser comum nos pequenos jardins, já que estes normalmente ocorrem em locais onde naturalmente já foi deixado pouco espaço para essa função, e isso pode ser indício de que grandes movimentos com a manutenção possa não ser muito funcional.
Nesse caso, o uso de bromélias e orquídeas sobre uma forração de pedriscos, como na foto ao lado, pode ser uma prática solução.
Plantas duráveis e que exigem poucos tratos culturais, como a palmeira-rápis (Rhapis excelsa), Bromélias, bambu-mossô (Phyllostachys pubescens), e buxinho (Buxus sempervirens), são muito utilizadas nos jardins em pequenos espaços, como ilustra a foto ao lado, onde um pequeno jardim faz a transição entre a casa e o consultório do proprietário.
A linguagem é clara, o jardim é fácil de tratar e o resultado é muito bom.
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