O assunto é seríssimo. O surto de dengue que atingiu o Rio de Janeiro no último verão provocando a morte de 118 pessoas, segundo o balanço da Secretaria Estadual da Saúde, ameaça voltar. De acordo com levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde a cidade do Rio de Janeiro e mais oito municípios estão em estado de alerta com índices de infestação de 1% a 3,9%.
É inacreditável que em pleno século 21 pessoas ainda morram pela picada de um mosquito e que cidades que deveriam ser lugares civilizados apresentem um grau de desorganização tão grande a ponto de ficarem vulneráveis a infestações que colocam a vida de seus moradores em risco.
Culpados? Bom já não se trata mais de apontar responsáveis, pois tanto o governo quanto nós tem sua parcela de culpa. É preciso unir forças e agir rápido para impedir que as tragédias passadas não se repitam mas que sirvam de lição para guiar nossos passos no combate ao Aedes aegypti.
De norte a sul e de leste a oeste, esta guerra é de todos nós. Vamos abandonar de vez a tendência a achar que somos imunes e colocar a mão na massa. Precisamos ter responsabilidade, respeito aos direitos dos outros e civilidade. Cada um deve fazer a sua parte. É fácil acabar com o mosquito não deixando lugares para que ele ponha os ovos.
Estima-se que 90% dos focos do mosquito são domésticos, por isso precisamos colocar nossas casas no centro da ação. Ponha areia nos pratos das plantas; vire de cabeça para baixo baldes vazios e garrafas; tampe a caixa d’agua; fure os pneus velhos e guarde-os com cobertura; seque as áreas que acumulam água da chuva e limpe, diariamente, as cubas de bebedouros de água mineral ou comum. Substitua bromélias por outro tipo de planta. Limpe as calhas. Se estiver reformando ou construindo cuide dos entulhos. Não deixe acumular lixo e nem água parada. Lembre-se que paliativos como repelentes ajudam mas não eliminam o mosquito e o uso em excesso pode causar intoxicação. Não deixe de ler as instruções da embalagem. Principalmente antes de usá-lo nas crianças. Lave as mãos depois de aplicar o produto. Não baixe a guarda um minuto sequer. A vigilância deve ser constante.
O cuidado também deve ser redobrado nos condomínios. Os ralos externos e canaletas de drenagem da água da chuva devem receber tela de nylon; os ralos internos de esgoto devem receber tampa abre/fecha; piscinas sem uso freqüente devem ter o volume reduzido e receber a dosagem de cloro adequada ao volume; o fosso do elevador deve ser checado semanalmente para verificação de acúmulo de água e posterior escoamento.
Estas são apenas algumas das ações que devemos tomar para ajudar no combate ao mosquito. Vencer esta guerra é uma ação de cidadania que precisa ser exercida em prol da comunidade da qual, nós seres humanos, fazemos parte. Não fique passivo. Informe-se. Reaja.
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